segunda-feira, 23 de junho de 2008

Um príncipe, um jardim e muito lixo.



E aí Rodrigo, tudo bem?

Fazia cinco anos que eu não visitava o jardim Zoológico de Belo Horizonte. A última vez que eu havia ido, me decepcionara muito, pela falta de cuidado generalizada.
Resolvi voltar porque fui seduzido pela propaganda massificada no rádio e na televisão acerca do Jardim Japonês que seria inaugurado no dia 20 de junho deste ano.

Então foi assim: Acordei as nove da manhã, numa empolgação danada, tomei meu café e saí correndo para o Zôo!
Ao chegar lá, encontrei uma fila de carros enorme! Até aí tudo bem, pois muita gente devia estar curiosa sobre a novidade. O triste foi o fato de sempre haver espertinhos querendo furá-la! Continuei paciente, pois a vontade de conhecer o Jardim Japonês de cinco mil metros quadrados era enorme!
Quando cheguei na portaria, para carros, um rapaz oriental, fez propaganda do Jardim Japonês, e com um sorriso largo eu respondi: "É para lá que estou indo!" E ele retrucou: "infelizmente está fechado para visitas, pois o Príncipe, que está no Brasil, irá visitá-lo." Me senti super ofendido, pois fui atraído pelas diversas propagandas e ao chegar lá, as visitações não estavam permitidas.

Então, ruminei esta questão em silêncio e fui passear no velho Zoológico. O que ví? Grama mal cuidada, lixo no chão, sinalização muito precária, uma jaguatirica mancando, chipanzés deprimidos, fritura para todos os lados e, principalmente, uma farofada danada!


Não é preconceito com farofada não! É pós-conceito! Esta atitude destoa do lugar! Vão me xingar os sociólogos de boteco e alegar que é o único lugar para pessoas carentes passarem o final de semana com a família! Ora, nada contra a família passar o final de semana no jardim Zoológico! Afinal de contas, foi isso que eu estava fazendo lá! Contudo, me misturava ao ambiente, não o hostilizava, jogando papel no
chão, resto de comida ao pé da árvore ou promovendo arrastões de gritaria! Achei lamentável!

Desta forma, pensei melhor sobre o Jardim Japonês estar fechado para visitações, fiquei feliz pelo fato do Príncipe ter promovido, indiretamente, restrição ao interior do jardim! Não sabemos apreciar um ambiente sem hostiliza-lo! Eita povo mal-educado!

Tenho dito!


Do nosso colunista convidado - Christofer

Um comentário:

Luiz disse...

Os macacos aqui fora costumamos pensar que somos muito especiais, mas acredito que o que mais nos distancia dos demais animais é a capacidade de produzir lixo e a hostilidade que temos pra tudo, seja a natureza ou o nosso semelhante.