terça-feira, 21 de agosto de 2012

Lamentos contemporâneos (ou não)




A palavra capital vem do latim capitale (derivado de capitalis) que vem do proto-indo-europeu kaput, que quer dizer "cabeça", em referência às cabeças de gado, antiga medida de riqueza.

Há tempos vivemos em um mudo 110% capitalista, onde absolutamente tudo que se faz, deseja, realiza, escolhe, projeta, propõe, sonha, depende do dinheiro. 

Apesar de óbvia, esta dependência do dinheiro provoca situações que nem sempre percebemos ter sido culpa dele. As relações interpessoais estão viciadas pelo dinheiro e por mais que se evite não conseguimos fugir. É interessante assistir pessoas que passam a vida negando que precise dele para ser feliz ou apenas para viver decentemente e no momento seguinte, em que consegue ter mais acesso a ele, muda de conceito e passa a tê-lo como guia, como objetivo primário de vida. Em contra partida, aqueles que um dia tiveram resmungam pelos cantos e alfinetam os que estão em melhor situação. Como diz um amigo, estes são os "foi, era e tinha".

Nada escapa da dependência do dinheiro, nem mesmo relações mais desprovidas de interesse como amizade, família, namoro e casamento. E pense bem antes de achar que falei besteira, caso contrário vai tomar muita porrada da vida.

Não ache que estou falando apenas do problema gerado pela falta do dinheiro. Quem tem também passa aperto, e isto gera um impasse: Melhor com ele ou sem ele? Claro, com ele. Mas não se iluda achando que isto resolve seus problemas, porque outros serão criados, e nem sempre serão mais fácies de gerenciar do que aqueles que acompanham a falta do dinheiro.

Pense bem nas situações absurdas em que o dinheiro é pré-requisito nos dias de hoje: Ele define quantos filhos você pode ter.

A solução para estes impasses eu não tenho. E se tivesse não contaria, venderia, afinal de contas tudo depende de dinheiro.