O jornalista Lauro Jardim, que edita a coluna "Radar on-line" da revista Veja, trouxe hoje em seu site um artigo muito interessante sobre a atual crise. É uma visão interessante que foge das explicações superficiais dadas pelos telejornais e demais noticiários voltados para a massa.
Abaixo posto cópia integral do citado artigo para que fique clara a fonte da informação do Lauro.
O texto é um pouco técnico devido a sua fonte. Quem quiser maiores explicações, basta me escrever.
Segue o artigo:
"Na sexta-feira, Octavio de Barros, diretor do departamento de pesquisas econômicas do Bradesco, preparou um documento interno, destinado aos executivos do banco, em que analisa a crise. Levou o título de "Sobre a crise atual e suas implicações". Vale ler alguns trechos selecionados:
*Os mercados ingressaram em uma rota de irracionalidade absoluta, dentro do que Keynes na sua Teoria Geral chamava de "armadilha pela liquidez". Por mais que a preferência pela liquidez seja uma resposta racional à incerteza, o que estamos assistindo agora não está nos livros-texto e nos manuais. Estamos assistindo fora do Brasil uma "busca desenfreada por cofre". Os agentes líquidos buscam cofres pelo mundo afora e o cofre mais procurado neste momento é o Fort Knox (títulos do Tesouro dos Estados Unidos).
*A desalavancagem global de todos os ativos que observamos hoje traduz um cenário que vai além da recessão global: sugere um ambiente que caminharia para a depressão.
*O previsível processo de desalavancagem que já estava considerado por todos os economistas do mundo parece ir muito além do razoável. Neste contexto, mesmo inconcluso o ajuste externo dos Estados Unidos, o dólar se valoriza fortemente no mundo (fuga para a qualidade), jogando preços de commodities para baixo e desvalorizando moedas dos emergentes produtores desses bens como o Brasil.
*Tão logo a aversão absoluta ao risco vá se dissipando (infelizmente não sabemos quando), os atores globais irão em busca de boas oportunidades diante de ativos barateados pela crise. Temos a intuição de que os ativos ficaram muito baratos em vários países e que há inequívocas distorções nos preços dos ativos.
*Em resumo, mesmo não sendo nenhum alento, parece igualmente intuitivo que no "dia seguinte" à crise, o Brasil se habilita como um dos países com o mais diversificado leque de oportunidades de negócios com grande potencial de crescimento. Afinal, essa crise pegou o Brasil em bem melhor forma do que esteve no passado em episódios similares.
*O Brasil tem tudo para sair relativamente bem desse dramático episódio de crise sistêmica. Poderemos crescer em torno de 3% no ano que vem e com boas perspectivas de crescer 4% no ano seguinte. O mundo crescerá menos: algo apenas acima de 2% em 2009. As novas locomotivas da economia mundial (os BRICs e outros emergentes) continuarão ganhando market share no PIB mundial."
terça-feira, 28 de outubro de 2008
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
A resposta sobre a compra dos 108 ternos
Lembra do e-mail que enviei para o Vice-presidente, questionando quando e onde ele usaria os 108 ternos que mandou comprar?
Pois é, recebi a resposta hoje....parece piada, mas infelizmente não é. Leia você mesmo:
"Prezado Rodrigo,
A Controladoria-Geral da União acredita que o Estado deve aperfeiçoar e fortalecer continuamente os seus mecanismos de prevenção e combate à corrupção. No Brasil, devido às suas dimensões e à complexidade político-social dos mais de cinco mil municípios existentes, é indispensável o fomento permanente à participação social, a fim de que os cidadãos assumam o controle dos gastos públicos e a condição de co-autores da gestão pública.
Por isso, a CGU criou o Programa Olho Vivo no Dinheiro Público. O objetivo é fazer com que o cidadão, no município, atue para a melhor aplicação dos recursos públicos. Com a iniciativa, a CGU busca sensibilizar e orientar conselheiros municipais, lideranças locais, agentes públicos municipais, professores e alunos sobre a importância da transparência na administração pública, da responsabilização e do cumprimento dos dispositivos legais.
Caso seja de seu interesse manter-se informado sobre os cursos oferecidos pela CGU visando o fomento ao controle social, favor acessar o link abaixo e realizar o seu cadastro. Assim, você passará a receber em seu endereço eletrônico as datas e demais informações sobre nossas atividades.
http://www.cgu.gov.br/olhovivo/Acoes/EducacaoADistancia/index.asp
Atenciosamente,
CGU
Gerência de Fomento ao Fortalecimento da Gestão e Controle Social"
Pois é, recebi a resposta hoje....parece piada, mas infelizmente não é. Leia você mesmo:
"Prezado Rodrigo,
A Controladoria-Geral da União acredita que o Estado deve aperfeiçoar e fortalecer continuamente os seus mecanismos de prevenção e combate à corrupção. No Brasil, devido às suas dimensões e à complexidade político-social dos mais de cinco mil municípios existentes, é indispensável o fomento permanente à participação social, a fim de que os cidadãos assumam o controle dos gastos públicos e a condição de co-autores da gestão pública.
Por isso, a CGU criou o Programa Olho Vivo no Dinheiro Público. O objetivo é fazer com que o cidadão, no município, atue para a melhor aplicação dos recursos públicos. Com a iniciativa, a CGU busca sensibilizar e orientar conselheiros municipais, lideranças locais, agentes públicos municipais, professores e alunos sobre a importância da transparência na administração pública, da responsabilização e do cumprimento dos dispositivos legais.
Caso seja de seu interesse manter-se informado sobre os cursos oferecidos pela CGU visando o fomento ao controle social, favor acessar o link abaixo e realizar o seu cadastro. Assim, você passará a receber em seu endereço eletrônico as datas e demais informações sobre nossas atividades.
http://www.cgu.gov.br/olhovivo/Acoes/EducacaoADistancia/index.asp
Atenciosamente,
CGU
Gerência de Fomento ao Fortalecimento da Gestão e Controle Social"
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Não tem jeito, está tudo conectado
Para aqueles que ainda acham que o Brasil, por estar com uma economia forte e sólida, está imune a uma grande crise externa, olha esta notícia publicada no Radar On-line da Veja:
"Os grandes bancos brasileiros, especialmente aqueles que atuam no mercado de Crédito Direto ao Consumidor, suspenderam hoje toda e qualquer operação de empréstimo pessoal ou financiamento. Entre eles, Itaú, Bradesco e Unibanco. A razão da suspensão não é falta de liquidez. Os bancos não sabem quanto cobrar do tomador do empréstimo ou financiamento. Até segunda ordem, está tudo parado.
O banco Panamericano, do grupo Silvio Santos, deixou de operar com crédito consignado desde a semana passada."
Quem deixou para comprar carro e apartamento mais tarde, pode não ter mais as mesmas oportunidades que 2008 ofereceu. Vamos torcer para eu estar errado.
"Os grandes bancos brasileiros, especialmente aqueles que atuam no mercado de Crédito Direto ao Consumidor, suspenderam hoje toda e qualquer operação de empréstimo pessoal ou financiamento. Entre eles, Itaú, Bradesco e Unibanco. A razão da suspensão não é falta de liquidez. Os bancos não sabem quanto cobrar do tomador do empréstimo ou financiamento. Até segunda ordem, está tudo parado.
O banco Panamericano, do grupo Silvio Santos, deixou de operar com crédito consignado desde a semana passada."
Quem deixou para comprar carro e apartamento mais tarde, pode não ter mais as mesmas oportunidades que 2008 ofereceu. Vamos torcer para eu estar errado.
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